A Ebit divulgou nessa semana o WebShoppers, um dos principais relatórios sobre o e-commerce brasileiro, referente ao primeiro semestre de 2016. Dentre os destaques é possível notar que o m-commerce continua com um crescimento exponencial, uma vez que esse canal atingiu um share de 23% das vendas no mês de junho/2016. O ticket médio das compras também aumentou 7%, representando um valor de R$ 403,46, no entanto esse aumento não representa aumento nas compras e sim a grande inflação pela qual o país está passando, na verdade o número de pedidos caiu 2%, se comparado ao ano de 2015.
Esse relatório também registrou um aumento de 31% na quantidade de consumidores online ativos, se compararmos a 2015, ou seja, cerca de 23,1 milhões de pessoas realizaram pelo menos uma compra no primeiro semestre de 2016. E é importante conhecer o comportamento dessas pessoas, por exemplo de acordo com pesquisa especial da Ebit, descobriu-se que as pessoas demoram em média 16 dias para concretizar uma compra online, pois o ambiente proporciona facilidade em comparar produtos e preços antes de fechar o pedido.
Apesar de uma queda de 0,7%, o sudeste continua sendo a região com maior participação nas vendas via comércio eletrônico, com 63,8%, só em São Paulo o faturamento atingiu R$ 3,6 bilhôes, o que representa uma queda de 7,4% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, as regiões sul e centro-oeste cresceram sua representatividade nas vendas do comércio eletrônico, 14,5% e 6,6%, respectivamente.
Outro ponto importante é que desde julho de 2014, o varejo online tem diminuído as suas ofertas de frete grátis, de acordo com André Ricardo Dias, COO da Ebit “o comércio eletrônico está amadurecendo e o frete grátis já não precisa mais ser utilizado como estratégia única para estimular a compra. A partir de agora, o frete passa a ser oferecido dinamicamente para o consumidor de acordo com a sua necessidade ou urgência”.
O WebShoppers também registrou uma leve mudança na forma de pagamento usada em compras online, cerca de 42% das transações foram à vista versus 39,6% do mesmo período em 2015. Devido à crise e à manutenção da taxa SELIC elevada, as lojas estão oferecendo parcelamento com juros e desconto no pagamento à vista, por isso essa mudança de comportamento.
Dentre as categorias mais vendidas em volume de pedidos estão Livros/Assinaturas/Apostilas, Eletrodomésticos e Moda e Acessórios, enquanto que as categorias mais vendidas em faturamento estão Eletrodomésticos, Telefonia/Celulares e Eletrônicos. Veja a tabela:
A Ebit ainda fez uma projeção para o ano de 2016 e continua acreditando no crescimento de 8%, atingindo um total de R$ 44,6 bilhões em vendas. Apesar da queda no volume de pedidos, a empresa acredita que devido as mudanças políticas no país o comércio eletrônico irá aquecer no segundo semestre e atingirá o esperado. Veja a projeção para o ano:
No WebShoppers a Ebit ainda apresenta dados do Ciclo de Compra na Internet, informações sobre a crise econômica e política segundo a Fecomércio e o índice atualizado da FIPE/Buscapé, mas sobre esses pontos trataremos em outros textos.