Como trabalhar o conceito de big data sem interferir nas diretrizes da LGPD? Vamos descobrir juntos!
Você, muito provavelmente, já conhece o conceito de big data, né? Nós, inclusive, já falamos sobre ele por aqui.
Big data está intrinsecamente ligado a dados, a importância de coletá-los, armazená-los e, principalmente, analisá-los. Mas no último ano, descobrimos mais um conceito que também está completamente ligado aos dados: a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados);
As dúvidas que ficam são: como trabalhar com dados respeitando as resoluções da lei? Para que serve o big data, qual a relação com a LGPD e em quais áreas posso implementar o conceito de big data?
Então, para saná-las vamos conversar sobre esses tópicos. Acompanhe com a gente e aproveite para relembrar um pouco sobre o recurso!
O que é o Big Data e para que serve?
O conceito de big data significa um conjunto de técnicas para coletar, armazenar e tratar milhares de dados de diversas fontes que estejam ou não relacionados entre si.
Entendendo a grandiosidade do conceito, é possível compreender que ele pode servir para coletar, armazenar e analisar basicamente tudo que acontece na internet. Sim, você leu certo, é isso mesmo.
O Google, por exemplo, registra mais de 3 bilhões de pesquisas por dia, 1,2 trilhão de pesquisas por ano em todo o mundo e, claro, todos esses dados são analisados minuciosamente para entender o comportamento dos consumidores da plataforma.
Analisando esses números é fácil entender que é humanamente impossível analisar, manualmente, tantas informações assim. Por isso, o conceito de big data surgiu como uma tendência e tornou-se um recurso obrigatório para quem quer conhecer e se relacionar com uma grande base de consumidores.
O big data trabalha ainda com um conceito de 3 V’s, que formam pilares. São eles:
- Velocidade – que permite que uma quantidade imensa de dados sejam analisados em instantes;
- Volume – esses dados que mencionamos acima são só um exemplo da quantidade de dados que precisam ser analisados diariamente e só o big data é capaz de trabalhar com essa quantidade de informações;
- Variedade – independente do formato ou fonte dos dados, com o conceito de big data tudo é analisado.
Qual é a principal implementação de Big Data?
Apesar dos dados serem fundamentais para todo e qualquer tipo de estratégia, alguns não precisam de um conceito tão grandioso como o big data.
Se você é uma marca de médio porte e tem uma landing page de um produto específico, por exemplo, não precisa trabalhar com o conceito, já que é possível analisar as informações coletadas com mais facilidade, devido a quantidade de insumos disponíveis.
Entretanto, existem alguns negócios que não funcionariam com tanta facilidade sem o conceito de big data. Por exemplo:
- Bancos: As instituições financeiras têm uma enorme necessidade de analisar a imensa quantidade de informações disponibilizadas todos os dias pelos seus clientes. Além de ser um produto nacional, a maioria da população possui contas em bancos, daí a necessidade de conseguir acompanhar tudo que é recebido para entender o comportamento do consumidor e para evitar possíveis fraudes, por exemplo – o que só é possível através do conceito de big data;
- Governo: os dados de todo o país passam pelas mãos do governo. Como seria possível analisar mais de 200 milhões de habitantes, no caso do Brasil, por exemplo? Nesse quesito, o conceito de big data é utilizado para contribuir na elaboração de políticas públicas, combater a corrupção, a sonegação de impostos e prevenir o terrorismo;
- Entretenimento: sabe quando você entra no Netflix e recebe uma lista de títulos recomendados de acordo com as suas preferências anteriores? Esse é um exemplo claro do uso do big data no entretenimento. O conceito é utilizado para analisar o comportamento da audiência visando melhorar a experiência do usuário. Podemos ver seu uso no Netflix, Spotify e Youtube, por exemplo.
Esses são apenas alguns casos em que o uso do big data é imprescindível. Mas a tecnologia é aplicada em outros negócios também – especialmente naqueles que geram uma grande quantidade de dados.
Big Data x LGPD
O big data trabalha com dados de todos os tipos. Mas como fica essa coleta, armazenamento e análise com as novas diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados?
Segundo a Lei, as empresas podem coletar, armazenar e analisar as informações dos usuários. Entretanto, existem algumas regras que precisam ser seguidas. São algumas delas:
- As empresas, órgãos governamentais e instituições precisam informar como e quando as informações coletadas serão utilizadas e o usuário precisa dar o consentimento para esse uso. E isso vale inclusive para os dados coletados antes da lei entrar em vigor;
- É possível para o usuário solicitar às instituições uma lista com os seus dados disponíveis e, inclusive, pedir correção ou exclusão dessas informações;
- A venda dessas informações é proibida! Se os dados forem vendidos sem a autorização do usuário, inclusive para uso em e-mails marketing, a penalidade pode chegar a R$50 milhões.
Ou seja, é possível continuar trabalhando com big data. Mas é preciso se atentar às novas diretrizes da LGPD para não sofrer as consequências da falta de autorização por parte dos usuários.
Como utilizar o Big Data?
Como conversamos até aqui, o conceito de big data é amplo e pode ser utilizado em diversos negócios. Para entender melhor a execução, confira os princípios para implementar a estratégia:
1 – Objetivos e desafios
Entenda quais são os objetivos da sua empresa. Pergunte-se quais são os desafios a serem superados, qual o intuito em analisar os dados do negócios, o que não está sendo possível fazer sem o big data.
Essas são perguntas fundamentais para nortear a execução da estratégia. De nada adianta você coletar uma quantidade imensa de dados se não souber o que fazer com eles. Tenha um objetivo em mente.
2 – Prioridades
Agora que você já tem um objetivo em mente e alguns desafios a serem superados, comece a elencar suas prioridades: o que é mais importante e o que pode ser analisado em um segundo momento.
Tenha em mente que os dados são informações valiosas e dificilmente você conseguirá resolver tudo de uma vez. Defina prioridades.
3 – Fontes
É importante saber quais são as fontes dos dados que serão coletados, de quais locais elas virão: tráfego do site, engajamento das redes sociais, pesquisa nos motores de busca. É imprescindível saber quais fontes de dados são valiosas para o seu negócio.
4 – Qual dado é importante para você?
Nesses quatro passos foi possível perceber que todos eles são complementares: você só saberá quais dados são importantes para o seu negócio, se souber qual é o seu objetivo. Logo, para saber o que é deve ser excluído, você precisa saber o que é importante para sua análise, de acordo com seu objetivo.
Além desses passos primordiais para o uso do conceito do big data, é preciso levar em consideração a segurança dos dados do usuário. Então lembre-se de destacar a sua política de privacidade no site e comunique aos seus usuários quais serão os próximos passos daqueles dados que você coletou.
Agora que você já sabe um pouquinho sobre o conceito de big data e a relação com a segurança de dados do usuário, aproveite para entender melhor sobre a importância da coleta de dados para um marketing mais eficiente e assertivo e mergulhe também no entendimento da Lei Geral de Proteção de Dados, acessando nosso e-book.
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